BRASÍLIA (Reuters) - O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta terça-feira que a votação do Orçamento da União pode ficar para 2011, se não houver acordo com a oposição.
'Nós não vamos aprovar o Orçamento a qualquer custo, assim como não vamos aprovar o pré-sal a qualquer custo. Quem esperou três meses, espera quatro', disse Vaccarezza a jornalistas.
O governo, contudo, gostaria de concluir a votação do pré-sal, do Orçamento e medidas provisórias ainda neste ano.
'Se não der para votar, vamos ver o que fazer. Se não houver acordo, se as posições estiverem radicalizadas, não há outra opção senão votar na próxima legislatura', acrescentou Vaccarezza. 'Mas o governo está empenhado e tem pressa.'
Uma reunião de líderes na Câmara que discutiria as próximas votações, prevista para a tarde desta terça-feira, foi cancelada devido à da falta de acordo entre os líderes partidários.
Mais cedo, em uma reunião entre Vaccarezza e líderes da base aliada, ficou decidido que a prioridade para o governo seria a votação do marco regulatório do petróleo da camada pré-sal e Orçamento.
PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
O líder do governo também defendeu que a Presidência da Câmara seja ocupada por um nome do PT. 'Eu vou me empenhar para que o PT comece na Presidência no primeiro biênio e eu vou me empenhar também para que o PT tenha um nome de consenso', afirmou.
O próprio Vaccarezza é um dos nomes cotados para o posto. Mas ainda há negociações pela frente, principalmente com o PMDB, tradicional ocupante da Presidência nas duas Casas do Congresso.
O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, disse nesta terça-feira que irá propor uma negociação do posto entre o candidato que o PT escolher para a Presidência da Casa e o nome indicado pelo PMDB.
'Quando o candidato do PT estiver escolhido, o PMDB vai escolher o seu. Aí vão sentar os dois... Não haverá disputa, será pelo entendimento', ressaltou Alves. O líder do PMDB é outro nome cogitado para ocupar a Presidência da Casa.
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