terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O iPad ficou melhor

O iPad ficou melhor
A interface em português nem de longe foi a única novidade do iOS 4.2. A atualização que permitiu a venda do aparelho no Brasil trouxe novas funções, algumas delas presentes há tempos no iPhone 4. Com ela, o tablet tornou-se multitarefa, passou a permitir a organização dos aplicativos em pastas e ganhou impressão por Wi-Fi. Testamos essas e outras mudanças no INFOlab para saber até que ponto elas melhoram o aparelho e afetam o desempenho da bateria. Para isso, analisamos um modelo 3G de 16 GB.
Tudo ao mesmo tempo
A possibilidade de manter aplicativos rodando em segundo plano transforma o iPad em um tablet ainda mais útil. Dá para fazer, por exemplo, uma chamada no Skype e, enquanto a conversa prossegue, conferir e-mails, navegar na web e usar um programa para transferir fotos para um iPhone por Bluetooth. Dois toques rápidos no botão Home fazem o iPad mostrar os programas que estão abertos. Basta outro toque para alternar para o software desejado. Nos testes do INFOlab, não houve lentidão nem com dez aplicativos rodando simultaneamente.
Adeus, bagunça
A organização dos programas em pastas evita o caos de navegar por telas e mais telas cheias de ícones e funciona como no iPhone. Basta dar um clique longo num aplicativo e, depois, arrastá-lo sobre outro para reuni-los numa pasta. O iPad sugere um nome para o grupo, que pode ser alterado. Mas o recurso poderia aproveitar melhor a tela ampla do tablet e mostrar uma lista dos programas. Isso evitaria percorrer múltiplas páginas para juntar aplicativos que estão distantes.
Impressão sem cabos
O iOS 4.2 vem com a função AirPrint, que permite enviar textos e fotos para uma impressora Wi-Fi compatível. Por enquanto, existem apenas 11 modelos, todos da HP. No INFOlab, o sistema funcionou bem com uma multifuncional Envy 100 D410a. O dispositivo foi encontrado rapidamente e a impressão teve início de modo quase instantâneo. O problema é que o serviço só está disponível em alguns aplicativos, como Safari, Fotos, Mail e a suíte iWork. O Notes, por exemplo, não tem esse recurso. O iOS 4.2 também permite fazer streaming de áudio para caixas acústicas conectadas a um roteador AirPort Express ou compatíveis com o sistema AirPlay.
Tablet rastreado
O serviço MobileMe, da Apple, ganhou ferramentas de segurança para lidar com a eventual perda ou o roubo do iPad. Além de descobrir a localização, o dono do tablet pode mandar uma mensagem que piscará na tela, bloqueá-lo, tocar um alarme ou apagar todo o conteúdo armazenado nele. Para isso, é preciso ativar a opção Buscar Meu iPad nas configurações da conta MobileMe. O serviço, que também faz backup online de contatos, e-mail e calendário, custa caro - 99 dólares por ano no plano individual e 149 dólares no familiar. O iPad só será achado quando alguém conectá-lo à internet por Wi-Fi ou 3G.
Bateria mais fraca
As novidades do iOS 4.2 diminuíram a autonomia do iPad. Sob uso intenso, a duração da bateria reduziu-se de 9h48 (no modelo Wi-Fi com iPhone OS 3.2) para 7 horas, uma diferença de quase três horas. Com isso, o desempenho ficou mais próximo do de seu principal adversário, o Galaxy Tab, da Samsung, que teve 5h28 de autonomia nos testes do INFOlab.
Diversão limitada
Outro recurso do iOS 4.2 é o GameCenter, uma central que permite jogar online e comparar seu desempenho com o de seus amigos. O serviço é prejudicado pela reduzida quantidade de games versão brasileira da App Store. Embora o sistema operacional agora também permita o aluguel de filmes em alta definição via iTunes, esse serviço não está disponível por aqui. A solução desses dois problemas depende de decisões e negociações da Apple.

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