sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Obama reduz restrições sobre viagens e envio de dinheiro a Cuba


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, levantou nesta sexta-feira uma nova série de restrições sobre vistos, transferências de dinheiro e viagens a Cuba.
A partir de agora, os americanos que desejarem viajar à Ilha por motivos religiosos, acadêmicos, culturais ou desportivos poderão fazê-lo com mais facilidade.
Todos os aeroportos internacionais nos Estados Unidos serão autorizados a oferecer voos a Cuba, desde que tenham os serviços adequados de alfândega e migração. Atualmente, apenas Miami, Nova York e Los Angeles voam para Havana.
Qualquer americano poderá enviar dinheiro a Cuba, até o limite de 500 dólares por trimestre, para apoiar atividades econômicas privadas, exceto para beneficiar altos funcionários do governo ou do Partido Comunista.
Até o momento, apenas cubano-americanos podiam enviar dinheiro à Ilha.
A flexibilização faz parte de um novo esforço americano de apoio ao povo cubano.
As medidas devolvem aos Estados Unidos, praticamente, a situação vigente no final da presidência do democrata Bill Clinton (1993-2001).
"A iniciativa aumentará o contato entre os povos e servirá de apoio à sociedade civil em Cuba, além de melhorar o livre fluxo de informação para os cubanos, contribuindo para promover sua independência", explicou o comunicado oficial.
As viagens e remessas a Cuba foram restringidas substancialmente sob a presidência de George W. Bush (2001-2009). Pouco depois de assumir o poder, em 2009, Barack Obama já havia anunciado uma primeira flexibilização, em favor dos cubanos-americanos.
Além de ampliar as permissões de viagens e remessas, Obama chegou a permitir vendas, sob condições, de material de telecomunicação à Ilha.
A nova bateria de medidas não afeta, no essencial, as formas do embargo comercial em vigor desde 1962.
Os americanos, por exemplo, não poderão viajar por lazer a Havana - não existem relações diplomáticas entre os dois governos.
"O presidente (Barack Obama) considera que estas medidas, em combinação com o prosseguimento do embargo, são passos importantes para forçar a existência de um país, Cuba, respeitador dos direitos básicos de todos seus cidadãos", explicou a Casa Branca.
As medidas foram criticadas pela nova maioria republicana na Câmara de Representantes.

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