segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ataque a FMI reforça apelos por ação mundial


Os governos, empresas multinacionais e instituições mundiais estão perdendo a batalha contra os crackers, e precisam combinar seus recursos se desejam evitar intrusos, afirmam especialistas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) se uniu à Sony e Google na lista cada vez mais extensa de vítimas de ataques de crackers, mas é difícil identificar os culpados, que sempre conseguem se manter um passo adiante dos perseguidores, em termos de tecnologia.

"Trata-se de um exemplo de a tecnologia se desenvolvendo mais rápido que as estruturas e ocasionalmente a regulamentação que a cerca", disse Paul Polman, presidente-executivo da Unilever, em entrevista durante uma reunião do Fórum Econômico Mundial em Jacarta.
Os especialistas em segurança da computação dizem que a única maneira de combater efetivamente essa ameaça é que os setores público e privado unam forças e combinem maior regulamentação a ação internacional.
"Está claro que estamos perdendo a batalha", disse Vijay Mukhi, um dos principais especialistas indianos em segurança da computação.
"Não estamos fazendo o bastante... a cada ano esperamos que as coisas venham a mudar, mas agora pessoas como eu já se tornaram cínicas. Seria necessária uma cooperação em escala mundial", disse.
No começo do mês, o gigante da Internet Google imputou a hackers chineses uma tentativa de obter acesso às contas de ativistas, funcionários de governos e outras pessoas no Gmail.
A gigante do entretenimento Sony sofreu sérios danos à sua reputação depois que crackers ganharam acesso a informações pessoais sobre milhares de usuários da PlayStation Network, enquanto Lockheed Martin e Citigroup também reportaram tentativas de roubo de dados.
A crescente complexidade e seriedade dos ataques de hackers começa a remover parte do estigma de ser vítima desse tipo de abuso, e empresas, governos e organizações compreendem que devem trabalhar juntos.
"Houve mudança real", disse John Bassett, pesquisador de segurança na computação do Royal United Services Institute, em Londres, e ex-dirigente do GCHQ, a agência britânica de monitoração de comunicações.
"Há muito mais consciência da ameaça e as organizações são mais abertas sobre os ataques que enfrentam. A Lockheed, Google e agora o FMI estão mostrando mais franqueza que as organizações teriam exibido um ano atrás", disse.

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