quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Aquecimento seria causa de extinção em massa



Há 200 milhões de anos, no final do período Triássico, ocorreu uma extinção em massa, muitas vezes atribuída à atividade vulcânica intensa, que exterminou metade da vida marinha terrestre.
Contudo, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Science, é possível que a causa da extinção tenha sido o lançamento na atmosfera de pelo menos 12 mil gigatoneladas de metano proveniente do leito oceânico.
No final do Triássico, há registros de que uma forte atividade vulcânica tenha ocorrido por mais de 600 mil anos, mas a extinção aconteceu durante um período de apenas 10 mil a 20 mil anos, afirmou MichacRuhl, cientista terrestre da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, e principal autor do estudo.
Ruhl e seus colegas estudaram isótopos de carbono de sedimentos do período e descobriram que a extinção em massa coincidiu com a grande liberação de metano para a atmosfera. Segundo Ruhl, os vulcões tiveram participação nesse processo.
“Houve uma liberação de CO2 de erupções vulcânicas, o que aumentou a temperatura do globo e também dos oceanos”, afirma. “O metano é estável apenas sob certas temperaturas. Se ocorrer um aquecimento, ele é liberado”.
O estudo pode ser o prenúncio dos efeitos da mudança climática na Terra, afirma Ruhl. O aumento do dióxido de carbono na atmosfera proveniente do uso de combustíveis fósseis pode aquecer o planeta o bastante para liberar metano do leito dos oceanos, afirma ele.
“O metano é um gás de efeito estufa bem mais forte do que o CO2, por isso há a possibilidade dessa liberação resultar em um aumento grande da temperatura e mudança climática”, afirma.

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