sábado, 2 de julho de 2011

Canibalismo não era comum entre galáxias


Ao contrário do que se acreditava, o canibalismo não era uma prática assim tão comum entre as galáxias nos primórdios do Universo.


Um novo estudo feito com o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, revela que as galáxias no universo primitivo utilizavam continuamente seu próprio material para formar estrelas durante longos período de tempo, ao invés de rapidamente devorarem este combustível após a fusão com outra galáxia.
Elas também formavam estrelas 100 vezes mais rápido do que galáxias modernas, como a Via Láctea, e estas possuíam a massa de mais de 100 sóis. Se um observador estivesse em um planeta em uma destas galáxias, o que veria seria um céu repleto de atividade, com estrelas muito brilhantes e uma ou outra explosão frequente.


A origem


Galáxias como a nossa Via Láctea são grandes coletoras gás e poeira. Elas crescem se alimentando desse material e o convertendo em novas estrelas. Mas uma pergunta sempre intrigou os astrônomos: se as galáxias modernas se alimentam dessa forma, de onde as galáxias distantes, que se formaram há bilhões de anos, adquiriram seu combustível? 


A teoria mais aceita é a de que elas cresciam se fundindo com outras. No entanto, o estudo recente mostra que a fusão de grandes galáxias não foi o método mais comum para o crescimento dessas estruturas no universo: ao contrário, o canibalismo galáctico era bem raro.


A pesquisa foi feita analisando 70 galáxias remotas que existiram entre 1 bilhão e 2 bilhões de anos depois do Big Bang – evento que ocorreu há 13,7 bilhões de anos. Para surpresa dos astrônomos, 70% delas estavam repletas do chamado H alpha, radiação do gás hidrogênio atingido por luz ultravioleta de estrelas. Níveis altos de H alpha indicam estrelas se formando a altas taxas. Por contraste, somente 0,1% das galáxias em nosso universo próximo possuem essa assinatura.

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