quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Presidente do Paraguai tem alta em SP e diz que 'terminou um capítulo'


O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse nesta quarta-feira (1º) que encerrou um capítulo em sua luta contra o câncer, ao receber alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde se submeteu à última sessão de quimioterapia.
Lugo, de 59 anos, se mostrou otimista depois exames terem revelado a remissão completa do linfoma de que sofria. O presidente ainda deverá ser submetido a exames periódicos antes que possa ser declarado curado totalmente do câncer linfático.
"Termina um capítulo na enfermidade do presidente do Paraguai, um capítulo que levou alguns meses", disse Lugo a jornalistas ao deixar o hospital, onde estava desde a véspera.

'Haverá um período de acompanhamento da doença, se pode haver retorno ou não, e um controle bimestral', disse. O tratamento de manutenção deve durar pelo menos dois anos.
Na véspera, o médico pessoa de Lugo, Alfredo Boccia, tinha dito que o presidente estava "sem linfoma, sem cateter e sem quimioterapia", em uma situação que levava a crer no "melhor cenário para uma recuperação plena".
Após concluir um período de baixa no sistema imunológico devido à quimioterapia nos próximos dez dias, o presidente poderá desenvolver suas atividades sem restrições. O mandato do presidente vai até 2013.
O ex-bispo católico Lugo foi diagnosticado em agosto com um linfoma não-Hodgkin com envolvimento ósseo, e desde então se submeteu a seis sessões de quimioterapia, entre Assunção e São Paulo. O momento mais crítico foi no início de outubro, quando foi transferido com urgência ao Brasil devido a uma trombose.
Ao deixar o hospital, ele prestou solidariedade à família do senador paraguaio Martín Chiola, que também havia sido diagnosticado com câncer linfático e morreu nesta quarta-feira.
Ele falou também sobre os documentos norte-americanos divulgados pelo site de vazamento de informações WikiLeaks referentes ao Paraguai.
"O governo do Paraguai leva muito a sério este tipo de informação, mas ao mesmo tempo não tomará nenhuma decisão apressada que possa afetar a imagem e relação com outros países", disse.

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