
“Tenho esperança de encontrar meus filhos vivos, os dois. Eu passei a noite em claro, pedindo a Deus que meus filhos estejam vivos, que eles retornem para casa. Como eles estavam sem documento, se socorreram, se levaram eles para algum hospital, que liguem, entrem em contato, para falar que meus filhos estão bem”, disse bastante abalada a auxiliar de limpeza Simone Camilo da Silva, de 29 anos.
Os irmãos Igor e Hebert voltavam da escola quando pararam para brincar na beira do córrego perto da casa do avô. Segundo vizinhos e testemunhas, um deles caiu e o outro também foi levado pela correnteza ao tentar ajudar o irmão. O nível do córrego não havia subido tanto em relação ao histórico do local, mas a correnteza estava forte. Uma amiga dos dois que os acompanhava tentou salvá-los, mas não conseguiu.

Em sua casa, a movimentação era grande nesta manhã. “É pegar na mão de Deus e pedir que seja feita a vontade dele. Mas o que eu mais quero é meus filhos. Quem já perdeu um filho sabe o que eu estou sentido, é uma dor que não tem como explicar”, disse ela.
Próximo ao local onde as crianças desapareceram, funcionários da Prefeitura de São Paulo trabalhavam por volta das 10h desta sexta na limpeza do córrego, retirando lixo e pedaços de plantas que se enroscavam na terra e impediam a fluidez da água. Questionados, os funcionários informaram que a limpeza já estava programada.
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