terça-feira, 26 de abril de 2011

SETI suspende busca por vida extraterrestre


O SETI, uma das mais famosas organizações de busca por vida inteligente fora da Terra, foi obrigado a colocar em hibernação seus telescópios por falta de verba.
A organização de Busca Por Inteligência Extraterrestre (palavras que formam a sigla SETI, em inglês) foi fundado em 1984 e, hoje, emprega 150 cientistas, educadores e funcionários.

Entre outras coisas, seu conjunto de telescópios Allen, na Califórnia, busca por sinais produzidos por vida fora do planeta. A principal diferença, segundo o SETI, entre um transmissor artificial e um processo natural de emissão de frequências é a largura do seu espectro. Qualquer sinal menor do que 300 Hz de largura é, até onde se sabe, produzido artificialmente. Além destes, o SETI também busca por sinais que sejam completamente polarizados ou no qual estejam contidas informações ou padrões.
A paralisação dos telescópios Allen se deve ao corte de fundos federais e estaduais da Universidade da Califórnia- Berkley, parceira da organização. Os fundos da National Science Foundation destinados aos observatórios de rádio da universidade foram cortados a apenas um décimo do que eram. Isso se somou aos cortes de gastos do Estado da Califórnia, que reduziu a verba destinada às pesquisas.
Em um e-mail enviado em 22 de abril, o CEO do Instituto SETI, Tom Pierson, descreveu a decisão da Universidade de reduzir as operações de seu Observatório de Rádio Hat Creek, o que consequentemente significa um corte de verbas ao SETI e obriga a entidade a colocar seus aparelhos em estado de hibernação.
Em nota, o instituto informa que a parada não poderia ter ocorrido em pior momento: nos próximos dois anos, o SETI iria examinar os mais de 1200 pequenos planetas recém descobertos pela missão Kepler, da NASA. 
A entidade está pedindo doações e pretende conseguir ajuda do governo – apelando para o fato de que seus telescópios poderiam ser úteis para uso da força aérea. O montante necessário para as pesquisas nos próximos dois anos US$5 milhões.

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